Donzela Guerreira


Amor impossível, revelação tardia e saudade incomensurável

O espetáculo Donzela Guerreira é a busca de uma tradução poética (do romance de tradição oral que narra a trajetória da donzela que vai à guerra), atualizada no tempo, no espaço, nos sons, nas palavras e nos corpos dos atores-pesquisadores Juliana Pardo e Alício Amaral.
A história se resume na travessia de uma jovem que se disfarça de homem para seguir em combate no lugar de seu velho pai, representando o único filho varão da família. Como soldado, ela se apaixona por seu Capitão e este por ela. Sem revelar sua verdadeira identidade, Donzela e Capitão travam suas próprias batalhas, colocando a prova seus princípios, sentimentos e desejos.
A personagem é conhecida e recorrente em muitas culturas e civilizações, não apenas na literatura (dita) oficial (Mu-lan, Electra, Diadorim), mas também na de cordel (Teodora), nos muitos romances de tradição oral (Don Varão, Maria Gomes), na mitologia (Palas Atena, Iansã) e na História (Joana D’Arc, Maria Quitéria, Santa Dica), na música erudita (Il combattimento di Tancredi e Clorinda – Monteverdi).
Através da apresentação de fragmentos (como é comum na transmissão de tradição oral), mais que representar a vida de uma donzela que vai à guerra, o foco do espetáculo está na reflexão sobre o gênero e sobre o amor, em uma abordagem ampla e aberta, convidando o espectador a participar ativamente na construção da narrativa, preenchendo as lacunas e criando sua própria interpretação.
Donzela Guerreira é fruto da pesquisa desenvolvida pela Cia Mundu Rodá, fundindo técnicas para o trabalho do ator e as Danças Tradicionais Brasileiras, e do intercâmbio de pesquisa entre a Cia. Mundu Rodá e LUME Teatro, percorrendo a fronteira entre a dança, o teatro, a música e as tradições populares brasileiras.


Ficha Técnica

Atuação e Criação: Alício Amaral e Juliana Pardo.
Direção e Criação: Jesser de Souza.
Dramaturgista: Suzi Frankl Sperber.
Texto: Alício Amaral, Juliana Pardo, Jesser de Souza e Suzi Frankl Sperber.
Direção Musical: Ricardo Matsuda.
Pesquisa Musical: Cia. Mundu Rodá.
Trilha Sonora Original: Grupo Anima e Alício Amaral.
Gravação da Trilha: Estúdio Sincopa.
Canção do Primeiro Encontro: Antônio Cândido.
Pesquisa de Linguagem Corporal e Danças Brasileiras: Juliana Pardo e Alício Amaral.
Figurinos e Adereços: Mila Reily.
Desenho de Luz: Eduardo Albergaria.
Cenografia: Fabiana Fukui.
Cenotécnica: Diego Alberto Veja.
Treinamento em Artes Marciais: Marcelo Goes.
Produção e Realização: Cia. Mundu Rodá Teatro Físico e Dança